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Chegou a vez

Chegou a vez desse céu, desse céu,
Que é só seu, que é só meu, que é de todos!
Que um dia olharam “prum” céu tão azul
Tão anil, que sumiu, que ficou tão escuro e vazio.

Chegou a vez desse mar, desse mar,
Maravilha da ilha que bóia tranqüila
Não sabe que tem a seus pés todo um resto de vida
E de morte sem dor, sem razão!

Chegou a vez desse chão, desse chão,
Chama Deus, que só Deus para nos ajudar a pisar
Sem esse medo de ter nossos dedos comidos
Por chãos canibais!

Chegou a vez da canção, da canção,
Pra cansar, pra caçar, pra causar uma revolução!
Uma revelação da criança que chora escondida
Por trás dos jornais.

Chegou a vez, minha vez, nossa vez,
Nossa voz, pra quem ver, tanto fez, tanto faz
Faz tanto tempo que o tempo não pára
Pra ver a vergonha estampada no olhar.


(Maviael Melo e Rodrigo Sestrem)

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