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Cultura e Desenvolvimento sustentável

Recentemente participei de uma videoconferência sobre “Cultura e Desenvolvimento sustentável”; o debate contou com a presença do secretário de Cultura, Márcio Meirelles, que fez a abertura da videoconferência, e do coordenador do Observatório da Diversidade Cultural – ODC, José Márcio Barros, e do professor do Instituto de Humanidades, Artes e Ciências da Universidade Federal da Bahia – UFBA, Paulo Miguéz, além de pessoas de várias cidades do estado da Bahia, onde expuseram questões de âmbito local e estadual, como foi apresentado a experiência do movimento de organização comunitária e experiência da associação de desenvolvimento sustentável da região Sisaleira – APAEB, através de uma exposição simultânea de seus produtos.


José Márcio Barros destacou questões que me chamaram atenção, sobre a relação entre cultura, diversidade e desenvolvimento, que não podem ser encaradas como uma questão imediata, linear e natural, pois é preciso se ter um modelo sustentável e não apenas a consciência sustentável, o professor no uso de sua palavra, destacou o crescimento dos R’s, que são:
- Reduzir (o consumo, produção de serviços que danificam o ecossistema);
- Reciclar (transformar);
- Reutilizar (evitar a produção de novos poluentes);
- Respeitar;
- Repensar;
- Recusar;
- Responsabilizar.
Os R’s estão ligados às novas atitudes frente ao meio ambiente, e diretamente com a educação ambiental. A participação da cultura no desenvolvimento sustentável promove o desenvolvimento humano, onde é praticado o conceito de cultura de forma funcional, pois é entendida como o conjunto de características e de iniciativas culturais que representam uma determinada localidade, as expressões e manifestações das culturas populares, de massa, e bens materiais e imateriais. Além disto, como no ciclo desenvolvimento sustentável existem os R’s, na cultura há os P’s, que são:
- Proteger (políticas de memória do patrimônio);
- Promover (políticas de criação, aumento do consumo cultural);
- Perenizar (políticas, institucionalização, transversalidade).
Barros, comenta que em cultura não se usa o verbo preservar, pois se dá uma ideia de imobilidade, portanto, usa-se a expressão proteger.
A videoconferência foi aberta para os participantes colocarem seu ponto de vista com relação às dúvidas existentes, por exemplo, a artista plástica de Juazeiro-BA, a Senhora Alda, perguntou como fazer para inserir na comunidade a ideia de pertencimento cultural, para não deixar a “cultura morrer”, promovendo maior visibilidade nos costumes ribeirinhos. Entretanto, como já foi explicitado pelas palavras dos professores, sabemos que a cultura não morre, pois ela está constantemente sendo renovada, mesclando tradição com inovação, precisamos então focar na ação de protegê-la, promovê-la e perenizá-la. Para finalizar, foram discutidas ações para se por em prática políticas de desenvolvimento para enriquecer a cultural territorial.


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