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Barreiras arquitetônicas e Barreiras atitudinais


Em muitos ambientes encontram-se barreiras que dificultam a acessibilidade no espaço e para o Turismo uma cidade acessível é uma com melhor qualidade de vida para todos. 
Foto: Google Imagem
De acordo com algumas pesquisas que realizei na Secretaria de Turismo em Petrolina-PE, enquanto estudante de Bacharelado em Turismo, notou-se que exite um plano diretor que concerne à acessibilidade, no entanto este plano está ultrapassado, pois se refere apenas há rampas de acesso; deste modo, e a partir dos questionamentos levantados, a Secretaria se mobilizará para criação de um novo plano diretor, criando uma comissão com pessoas com mobilidade reduzida onde irão ser discutidas propostas além de rampas, e transportes, mas principalmente as relações interpessoais, pois, como sabemos, a maior barreira não é a arquitetônica, e sim as atitudinais, que são as chamadas barreiras de comunicação, discriminatória e invisíveis. Cabe ressaltar, que essas barreiras existem devido à falta de viabilidade de informação para as pessoas com deficiência, a formatação do produto turístico pelo profissional de turismo que não considera as diferentes necessidades dos turistas com deficiência, não prestando um serviço adequado para este público. E ainda, como explica SASSAKI, as barreiras invisíveis, ou seja, que não estão explícitas nas normas, leis, regulamentações, entre outras que dificultam ou até mesmo impossibilitam a utilização dos serviços turísticos por qualquer pessoa.
A Secretaria recebe queixas das pessoas com necessidades especiais em relação à falta de tratamento adequado por parte de atendentes, a falta de manuais explicativos, cardápios adaptados, a falta de acesso físico, banheiros em restaurantes, hotéis, enfim...
Os turistas com deficiências são consumidores, e têm o direito de escolha. É preciso que haja em Petrolina uma promoção para o turismo de acessibilidade para despertar nos empreendedores do setor turístico que é imprescindível o turismo sem barreiras. As operadoras de turismo para melhor atender seus clientes devem aderir produtos e serviços com acessibilidade e segurança. Hotéis adaptados, roteiros acessíveis, vias públicas, sinalizações, calçadas, praças, bem como os transportes coletivos precisam cumprir as normas para atender todo o tipo de demanda.
Deste modo, a arquitetura, a sinalização e a informação tornam-se indispensáveis na vida de uma cidade, no planejamento urbano, no método de inclusão da sociedade como um todo.
Petrolina precisa despertar para a questão da "acessibilidade" incorporando a ideia de que qualquer cidadão turista ou não, com ou sem limitação, tem o direito de locomover-se com acessibilidade pela cidade, desfrutando dela, participando e contribuindo para o seu desenvolvimento social, econômico e também turístico.
O bodódromo (complexo gastronômico), que tem como prato principal o bode/carneiro, animal que materializa a cultura regional local, possui mais de dez restaurantes e o turista pode apreciar o local como forma de lazer, entretanto, precisamos entender que o local é inadequado para receber um turista com deficiência, o complexo tem apenas estacionamento acessível, e a maior dificuldade encontrada são os banheiros mal projetados, e cardápios que não são adaptados, como também a falta de pessoas habilitadas em outras línguas, como por exemplo: libras; e as rampas de alguns espaços foram projetadas inadequadamente. Até existem empresários que querem tornar o lugar acessível, no entanto falta alguém que indique, que projete a obra e se responsabilize por ela, pois acessibilidade não se faz pela metade, é necessária a capacitação de Engenheiros, Turismólogos, Arquitetos que realmente adéquem o local conforme a Legislação.
Contudo, novamente reforça-se o "olhar" da mudança: devem conter nas diretrizes de orientação do município, a elaboração de políticas que colaborem para os novos métodos e tecnologias no processo de adequação do espaço coletivo às exigências da população, no que se refere a pessoas com necessidades especiais.

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